quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Hoje eu estava com uma blusa que os botões não falavam, eram mudinhos da silva. Parei em um posto de combustível, e um amigo me avistou de longe. O dicionário diz que esse amigo é entusiasmado, arrebatado, apaixonado, extravagante. É claro que eu tirei as coisas ruins que o dicionário falou dele. Veja aí o reencontro:

Amigo
- Ei, ei! Ela me conhece!!! (disparou para o frentista e correu em minha direção todo serelepe)
- Oi, fia! Tu lembra de mim?

Eu
- Lembro, claro!

Amigo
- Viu, viu! Ela me conhece.
- Eu sou o Edivan... Eu estou andando sozinho agora, sabia? sabia?
(e o riso era maior do que o rosto dele)

Eu
- Que bom...

Amigo
- Fia, eu te amo, sabia?

Eu
- Sabia. Eu te amo também.

Amigo
- Fia, fia, tu tem o meu telefone?

Eu

- Não.

Amigo
- Tá aqui, tá aqui ele...

(Me mostrou um aparelho Nokia bem novinho e tirou um monte de papéis do bolso. Em um deles tinha o número do celular, o nome completo e o endereço da casa dele.)
- É esse aqui, fia, anota aí!

Eu
- Vou gravar no meu celular.
(E gravei toda interessada. Já ele ria tanto que eu não tinha como tirar a minha atenção dele. Mas lembrei do meu compromisso e liguei o carro.)

Amigo
- Fia, fia... E o teu telefone qual é?

Eu
- Ah, claro...
(Aí gravei um número que ele poderia me localizar. Avisei que eu tinha que ir. Ele concordou numa boa e fez sinal de despedida.)

Amigo
-Ah, fia, eu te amo, viu? E me liga...
(Eu já estava distante e só sorri.)


Chegando em casa, lembrei de uma frase que diz “Para amar, basta sentir. Não é preciso explicação, nem justificativa, nem motivo. O amor é simplesmente o amor.” (tirada do livro O Preço de Ser Diferente)

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