segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Eu e o NX Zero

Na realidade, o melhor título seria “meu amigo e o NX Zero”. O nome do meu amigo? Melhor não! O sim é que resultou numa comédia encontrar os emos do “NX” almoçando na BR-343, na saída de Teresina. Primeiro, aquele monte de tatuagem desceu do ônibus, sem nenhuma lembrança de riso no rosto. Depois, aquele monte de homem sentou numa mesa bem grande, ao lado da nossa.

Fiquei curiosa pra saber o que era aquilo. A gente nem imaginava. Meu amigo gosta de jazz, rock clássico, piano, violão e coisas de um romântico tradicional e um rebelde da década de 80.

Conversa vai, conversa vem... calabresa, maminha, carne sol, picanha, coração vieram também, e a gente acabou esquecendo de olhar direito pros nossos ilustres desconhecidos.

Chegou a hora de ir, mas caía uma chuva fortíssima. Mudamos de lugar. No percurso de uma mesa a outra, toques de cotovelo sobre minha simples pessoa, segundo observou my friend. Vou nem comentar. Mas em branco, em branco, assim, tinha nem graça passar. E gostei, claro, por que não?

Minutos depois, a conta. Levantamos e meu amigo fez a primeira pergunta um tanto ridícula da tarde. Se bem que é Carnaval, alguma coisa ridícula a mais não faz diferença.

– Vocês são de alguma banda?
- Somos.
- Éeeee??? Como é o nome?

(parecia aqueles turistas abobalhados. Mas caaaalma: tudo acabou tendo um propósito)

- NX Zero.
- Como?
- NX Zero.
- E vocês tocam o que?

(a prezepada começava a ficar mais divertida)

- Rock (com um ar de quem dizia: vou dizer só rock logo porque se eu for dizer emocore aí já viu...haja explicação pra esse nerd!)
- E vocês vão tocar no Festival de Jazz?

(não, não... ele não perguntou isso!!!
Mas caaaalma... essa pergunta foi excelente)

- Hãnnnn?
- Vocês vão tocar em Barra Grande?
- Onde é mesmo que a gente vai tocar? Como é nome da cidade mesmo?
Um colega lá do meio da mesa ajudou: - ...Parnaíba!

Tudo bem que o carinha da banda não era obrigado a saber onde eles iam tocar, mas aquele tom meio de descaso com a nossa Parnaíba (e com uma pessoa aparentemente tola que estava ali cheia de dúvida) deu um aperto no meu estômago tão grande que cada pergunta idiota do meu amigo se tornaram as perguntas mais merecedoras do carnaval da turma do Di Ferrero.
P.S.: mas também quem é que já se viu banda emo tomando lugar das marchinhas?

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