terça-feira, 14 de abril de 2009

Oie... tem fotos "novas" no meu flickr. Veja algumas aí:


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sexta-feira, 10 de abril de 2009

A gravata e o noivo de Belle Justie

“Se um dia eu for parar em um altar, meu noivo tem que saber de uma coisa... Hummm... Sabe o que é??? É que fico meio sem graça pra falar... Humm, tá bom... Mas cês não tavam acreditando nisso, tavam? Se conhecem bem Belle Justie, sabem que a graça é uma coisa que nunca lhe falta. Tudo bem, tudo bem... vou falar que tal coisa é essa. Antes, uma perguntinha: cês já viram aquela coisa que inventaram só pra deixar o nosso homem parecido com um pinguim? É!!! Isso mesmo: a gravata. E é justamente disso que meu noivo tem que saber: no nosso altar, nada de gravata. Meu amor, cê tá aí ouvindo isso? É que aqui é assunto de mulher, mas tudo bem pra você, não é? Agora, meninas, meu amor já saiu, dêem uma pausa para uma ressalva: de gravata, só se o meu noivo for do tipo sarado. Aí, nesse caso, ele iria sem camisa, pra não atrapalhar. O problema, não me levem a mal, era se lá tivesse padre, aquele que fica lá falando um monte de coisas quando a gente tá doida pra fugir pra um lugar bem longe, só nosso, e aproveitar cada segundo porque a partir dalí tudo será fantasia, sonho e beleza... é que assim, com o padre olhando pra mim, eu ia conter meu riso de quero-quero na frente de todo mundo. E cês já assistiram o documentário “A Marcha dos Pinguins”? Sim, mas o que que esse filme tem a ver com isso? Respondam sozinhas, uai. Antes, só imaginem os seus pinguins, ôôoh, os seus homens, no meio de um monte de engravatados. Imaginaram? Pois é... cês também não acham que inventaram esse negócio aí (a gravata) só pra deixarem nosso homem igual, pra confundirem nossa cabeça, que já é naturalmente tão confusa? E já pensou depois de umas taças de vinho (não importa a marca agora) e eu me embaraçar, levar o noivo errado pra casa? Cês tão rindo, suas assanhadas? Pois eu não queria isso não. Só queria o meu homem lindo, único, nada dessas coisas sem graça, só pra deixá-lo sem ar. Sem ar, só eu pra deixá-lo. Na hora que ele quiser".
The End

Meu amor se foi,
pra bem longe de mim,
mas não fique aí tristim,
é que é assim,
nosso amor é um tesouro
que não tem mais fim.

domingo, 5 de abril de 2009

Teu sentido

E o teu peito decidido
um dia não resistirá para sempre
a tudo que há de mais belo em mim

E no começo desse dia
em teu peito eu subirei
com o encanto do meu riso
e tu não precisarás mais
guardar nossas lembranças
de purezas desabrochadas
no vento da tarde
porque tu me terás do lado
e dentro de ti

E no meio desse dia
as fotografias preto e branco perderão o sentido de existir.

E no fim desse dia
perceberás que tudo que quer
é ver o meu colorido revelado em ti.

E assim,
como quem desvenda o amor completo,
tu descobrirás o sentido de existir.


*alterado dia 06/04, às 17h.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Vire a folha de cabeça pra baixo

No final do mês era aquela correria pro mural pregado no pátio da escola. Era em Petrópolis, no Rio. João* e Ricardo*, melhores amigos da adolescência, corriam ansiosos para saber suas notas, queriam saber quais eram os nomes no fim da lista. É que os dois revezavam esses espaços, de último e penúltimo, todos os meses. Sabe como é que é, né?

João e Ricardo eram os “piores” alunos da turma. Não em virtudes, dedicação ou inteligência. Sim em notas, em números. Eram dois zeros, bem à esquerda. Os dois encaravam essa repetição mensal de uma forma surpreendente: sorrindo e brincando com a “sorte” do outro. Não porque eram descompromissados. Sim porque tinham uma certeza: um dia a folha ia virar de "cabeça pra baixo". E pouco importava aqueles números míseros naquele momento... Melhor, importava sim. Porque ali ficava uma grande recordação.

Os dois eram diferentes. E tem coisa mais valiosa no mundo que ser diferente? Hummm... Acho que não. Os iguais se copiam, não arriscam inovar, morrem de medo de um aparente fracasso. Já os diferentes adoram testar o erro, centenas de vezes, até chegar a uma solução genial. Os iguais não conseguem reconhecer alguém de propósito bem à sua frente. Os diferentes são superiores. Eles riem. Morrem de rir quando alguém acha que eles tropeçaram. E se você não se imagina achando graça disso, ainda tem que se esforçar pra ser diferente.

E, depois de tanto ranking na escola, como andam hoje João e Ricardo? Bem... Ricardo se formou em Medicina pela UFRJ, é ginecologista e casado com uma médica filha de um milionário. Quando Ricardo tem alguma má recordação, tipo do seu tempo de zero à esquerda, ele "pega" a mulher, um dos aviões da família e vai dar uma volta em algum paraíso por aí no mundo. Já João se formou em Jornalismo pela UFRJ, fez Mestrado, Doutorado e hoje é professor e coordenador do curso de Comunicação de uma faculdade do Sul do país. João também tem uma produtora de filmes e trabalha com formação de atores. Seus filmes ganharam vários prêmios. João ganhou reconhecimento nacional e internacional.

Então, cê quer um palpite? Numa lista, independente onde seu nome estiver, revire-o, remexa-o e veja que ele estará sempre lá, lá no alto. Bem no topinho.

Sei. Cê acredita que o importante são as normas técnicas, a física, o pá-pum palpável bem na sua frente? Se eu acredito também? Sim, sim, sim... Só que antes, enquanto a gente puder, a gente vai provando o contrário, às avessas, sem a preocupação de um sim fácil, de gente sem graça, sabe?
*Os nomes são fictícios. A história é real.