sexta-feira, 10 de abril de 2009

A gravata e o noivo de Belle Justie

“Se um dia eu for parar em um altar, meu noivo tem que saber de uma coisa... Hummm... Sabe o que é??? É que fico meio sem graça pra falar... Humm, tá bom... Mas cês não tavam acreditando nisso, tavam? Se conhecem bem Belle Justie, sabem que a graça é uma coisa que nunca lhe falta. Tudo bem, tudo bem... vou falar que tal coisa é essa. Antes, uma perguntinha: cês já viram aquela coisa que inventaram só pra deixar o nosso homem parecido com um pinguim? É!!! Isso mesmo: a gravata. E é justamente disso que meu noivo tem que saber: no nosso altar, nada de gravata. Meu amor, cê tá aí ouvindo isso? É que aqui é assunto de mulher, mas tudo bem pra você, não é? Agora, meninas, meu amor já saiu, dêem uma pausa para uma ressalva: de gravata, só se o meu noivo for do tipo sarado. Aí, nesse caso, ele iria sem camisa, pra não atrapalhar. O problema, não me levem a mal, era se lá tivesse padre, aquele que fica lá falando um monte de coisas quando a gente tá doida pra fugir pra um lugar bem longe, só nosso, e aproveitar cada segundo porque a partir dalí tudo será fantasia, sonho e beleza... é que assim, com o padre olhando pra mim, eu ia conter meu riso de quero-quero na frente de todo mundo. E cês já assistiram o documentário “A Marcha dos Pinguins”? Sim, mas o que que esse filme tem a ver com isso? Respondam sozinhas, uai. Antes, só imaginem os seus pinguins, ôôoh, os seus homens, no meio de um monte de engravatados. Imaginaram? Pois é... cês também não acham que inventaram esse negócio aí (a gravata) só pra deixarem nosso homem igual, pra confundirem nossa cabeça, que já é naturalmente tão confusa? E já pensou depois de umas taças de vinho (não importa a marca agora) e eu me embaraçar, levar o noivo errado pra casa? Cês tão rindo, suas assanhadas? Pois eu não queria isso não. Só queria o meu homem lindo, único, nada dessas coisas sem graça, só pra deixá-lo sem ar. Sem ar, só eu pra deixá-lo. Na hora que ele quiser".

2 comentários:

alvaro disse...

Depois de ter se encantado com Adeus Lenin, não deixe de ver A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen),de Florian Henckel von Donnersmarck (Alemanha, 2006). Tem lá na Televídeo do centro de Teresina. Estará devolvido a partir de segunda-feira próxima. Como um bom filme alemão, é repleto de questões delicadas que induzem à reflexão das coisas. Vai fazer bem para seu ímpeto cognitivo em constante aprimoramento.

Flávia Rocha disse...

Bgda pela dica de filme, vou assistí-lo, e tb pelo "seu ímpeto cognitivo em constante aprimoramento"... E o "meu" livro, vc já terminou de ler? Lembre-se que a última vez que "suvinou" um livro pra mim, ele, de vingança, se escondeu lá em Portugal.