quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Carta aos homens

Observo mulheres a minha volta e vejo o quanto elas são fortes e especiais. Umas marcam cerrado nos maridos. Outras morrem de ciúmes dos namorados. Umas os deixam completamente à vontade. Estas confiam no amor que sentem e acreditam que são verdadeiramente amadas. Algumas são mulheres “feminilescamente” amélias, outrora sedutoras, sexys, carinhosas, amigas ou donas da direção. Algumas vezes, fazem tudo o que seus homens querem. E deixam seus homens fazerem tudo o que querem delas. Tudo por amor. Tudo, porque o amor não tem medida, nem peso, nem tamanho. Amam os seus homens com todas as suas forças, mesmo depois de anos de casamento. Eles se sentem felizes ao lado delas, e alguns fazem juras de amor eterno. Quando suas mulheres esfriam, eles remam como os irmãos Grael. A maioria acha que o remédio para qualquer cara feia é fazer tudo que a mulher quer. Sobre essa máxima, ora elas acreditam, e ora elas apenas fingem. E eles nem percebem o quanto elas são capazes de enxergar os seus âmagos e de permanecerem silenciosas. Amélias? Sábias? Ou o quê? As boas atrizes passam dias sorrindo. As que não suportam qualquer tipo de simulação trancam os ferrolhos de suas janelas, colocam os cadeados nas portas e escondem bem escondidinhas as chaves. Os corações ficam feitos rochas diante dos seus homens. E eles, silenciosa ou escancaradamente, se desparafusam. Mas aí a generosidade abre as portas para o perdão. Nos intervalos de abres e fechas, homens fazem promessas: traição nunca mais! Mas, volta e meia, acabam se rebaixando à sensualidade de outra mulher. E, infelizmente, acabam perdendo valiosos pontos para a entrada em um mundo mais feliz. Uns se enchem de culpas. Outros acham que é coisa de homem. Ambos acreditam que não podem mudar. Homens especialíssimos, elegantes, ou simplesmente bons. Homens que são exemplos. Homens com cara de santos. Homens-anjos. Homens sábios. Apaixonados. Vi vários desses. Por uns apostei todas as fichas. E, bingo! não ganhei uma. Mas, um amigo, com cara de anjo, me encheu de esperanças, contou a história de um homem que verdadeiramente vale a pena para a sua mulher. E eu, que tenho que honrar a classe das amélias, tenho obrigação de acreditar.

5 comentários:

Rogério Tomaz Jr. disse...

bacana!! é sempre bom colocar as idéias no papel, que é uma forma de expor sua alma, dar a cara a tapa... :)
e os homens somos tão decepcionantes quanto as mulheres, a questão é encaixar... rs
bjo!
Rogério
PS: Já o JosIncras de Sousa ninguém merece... um vendido que não vale o papel higiênico que eu uso...

Flávia Rocha disse...

Nós (mulheres e homens) somos livres para escolher quem a gente quer. Só acho que a gente poderia se entregar a uma só pessoa por vez. É mais doce, mais sincero, e causa uma felicidade mais duradoura. Então, cabe a nós sermos criativos para encontrar várias mulheres, vários homens e várias emoções em uma pessoa só de cada vez (e até que me provem o contrário, é nisso que acredito). Quanto a nós mulheres "decepcionantes" somos tão humanas quanto os homens. A gente acerta, erra, aprende, conserta e assim vai... Mas o bom é o gosto de viver feliz honestamente.

Unknown disse...

Ah,...
Duvido que a Flávia pudesse ser Amélia, nunca jamais!
Ela está mais para a mulher do tempo ou da propaganda de banco!

Marcio de Sá disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcio de Sá disse...

Olha Poeta!Se foi metáfora aceito, mas se foi como comparativo histórico; não me leve a mal. Os irmãos Grael ( Torben e Lars ) não são remadores. Eles velejam. Moram na minha terra Rio/Niteroi e desde pequenos, são mais jovens do que eu e os conheço desde crianças, velejando no "Saco de São Francisco", Baia de Guanabara" Como bons e fieis descendentes iniciaram sua vida no German Yacht Club, hoje Iate Clube, na Estrada Fróes - Niteroi, do qual sou sócio há 27 anos. Isso é verdade